

Psicologias
ESQUIZOANÁLISE
A Esquizoanálise foi desenvolvida por Deleuze e Guattari em seus livros “O Anti-Édipo” e “Mil-Platôs”. Os dois levam o subtítulo de “Capitalismo e Esquizofrenia”.
"Análise do desejo, a Esquizoanálise é imediatamente prática, imediatamente política, quer se trate de um indivíduo, de um grupo ou de uma sociedade. Pois, antes do ser, há a política" - Deleuze e Guattari
Tal afirmação nos mostra que os autores têm em mente um problema claro: o capitalismo. Sistema baseado na exploração, dominação e colonização do desejo e do inconsciente.
A compreensão é, portanto, de que a produção de subjetividade precisa passar por uma radical análise social do atual modo de vida e, assim, confrontar esse sistema político-social como máquina de produção de subjetividades.
Não se trata de uma nova receita psicológica, mas de uma prática micropolítica que permite pensar novos modos de estabelecer relações com o mundo, com os outros e com nós mesmos, abraçando a diferença e afirmando singularidades.

PSICANÁLISE
A Psicanálise é uma abordagem clínica oriunda da Medicina, campo no qual seu criador, Freud, atuava como neurologista. Passou a ser incorporada pela Psicologia e nas palavras de Freud é um procedimento para a investigação de processos mentais que são quase inacessíveis por qualquer outro modo.
Diversos são os discípulos de Freud e suas interpretações psicanalíticas, como as escolas inglesa e francesa que se ancoram no método de análise.
Esta teoria tem como base a relação do "eu consciente" e do "eu inconsciente".
Sobre esta relação, Freud afirmou: "O ego não é o mestre em sua própria casa".
A partir da impossibilidade de lidar com os traumas e conflitos a mente produz efeitos observáveis que influenciam em maior ou menor grau a vida dos indivíduos, e, principalmente, sua capacidade de desejar.
O "eu inconsciente" jamais se tornará consciente, mas alguns pontos podem ser interpretados através da análise.

PSICOLOGIA SÓCIO-HISTÓRICA
A Psicologia Sócio-Histórica está contemplada no campo da Psicologia Social e tem suas raízes nas obras de pensadores russos, como Vigotski, Luria e Leontiev a partir das teorias sociológicas, filosóficas e políticas de Marx e Engels.
“A mudança individual tem sua raiz nas condições sociais de vida. Assim, não é a consciência do homem que determina as formas de vida, mas é a vida que se tem que determina a consciência.” (Furtado, Teixeira & Bock, 1999, p. 87)
A noção de um sujeito livre, autônomo e consciente é posta em dúvida, uma vez que ele está inserido em um contexto econômico e social que limita essas possibilidades. Não há neutralidade possível e, por isso, a Psicologia Sócio-Histórica se constitui, principalmente, pela crítica à visão neoliberal de ser humano à medida em que se contrapõe à ideia de natureza humana e da essência eterna e universal do homem.
A partir da compreensão de um sujeito que é histórico e que se constitui através das suas relações, podemos construir a ideia de um sujeito ativo capaz de influenciar o seu meio e, ao mesmo tempo, ser influenciado por ele.

A Psicologia fenomenológica-existencial surge no campo da Filosofia a partir de pensadores como Husserl, Heidegger, Sartre e Merleau-Ponty. Ela pode ser compreendida como uma desconstrução da linha de pensamento que define as mesmas métricas para todas as pessoas.
A Fenomenologia se apresenta como um método que volta às coisas mesmas, à essência dos fenômenos, à busca por interpretação e atribuição de sentidos únicos daquilo que é experimentado particularmente.
É a própria pessoa que dá sentido a sua existência.
Do ponto de vista existencial, a Filosofia aparece como sintoma da humanidade do homem e, com isso, perguntas acerca da vida ocupam um papel fundamental para que todas as pessoas possam experimentar a apropriação de seus viveres.
"Terapia é pro-cura via poiésis, pela verdade que liberta para a dedicação ao sentido". – Guto Pompeia
FENOMENOLOGIA EXISTENCIAL


No campo da Psicologia, a flexão do singular não existe.
Em seu lugar, está o plural, ou seja, as Psicologias.
Isto é, são várias as teorias que embasam a Psicologia enquanto ciência e são elas, somadas e complementares umas às outras, que fazem do Psicólogo um profissional completo e capaz de lançar mão de todo este conhecimento para aplicar suas técnicas.