Uso Abusivo Álcool, Outras Drogas, Games e Tecnologia
- Fernanda Ribeiro
- 25 de mai. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 27 de mai. de 2024

Mais da metade dos brasileiros não consegue ficar um dia inteiro longe do celular, aponta o IBGE. Segundo o levantamento, 16% dos brasileiros admitem que o uso de smartphones prejudica o trabalho e afeta relacionamentos familiares. Para 12%, a dependência da internet leva a distrações no trânsito e 9% dos entrevistados reconhecem que o uso excessivo da tecnologia causa problemas de saúde, influencia negativamente nos estudos (8%) e compromete a vida sexual (6%).
Um estudo da Hibou Pesquisa e Insights é ainda mais preocupante: 56% dos brasileiros não ficam longe do smartphone por mais de uma hora.
Pesquisadores da Universidade de San Diego, nos Estados Unidos, constataram que adolescentes excessivamente expostos a dispositivos eletrônicos manifestam com mais frequência sinais de insatisfação com a vida, infelicidade e problemas de autoestima.
O comportamento suicida entre usuários de tecnologia e internet também tem sido alvo de estudos. Na Universidade de Oxford, pesquisadores analisam a relação entre práticas de autolesão e atividades online, como navegação na internet, tempo gasto em redes sociais e visitação em sites sobre suicídio.
De acordo com a Vigitel 2021, o padrão de consumo de 18,4% da população brasileira é de uso abusivo de Álcool. Entre os homens, esse percentual é de 25,6%. Em 2010, esse número era de 27%. A ingestão de bebida alcoólica entre as mulheres, no entanto, aumentou nesse período. Em 2010, 10,5% delas tinham um consumo abusivo. Em 2021, esse percentual subiu para 12,7%.
O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) lançou uma nova versão do seu Relatório Mundial sobre Drogas. Os dados mostram que cerca de 284 milhões de pessoas - na faixa etária entre 15 e 64 anos - usaram drogas em 2020, 26% a mais do que dez anos antes.
No Brasil, o 3º Levantamento Nacional sobre o Uso de Drogas Pela População Brasileira, realizado pela Fiocruz, em parceria com IBGE, Inca e a Universidade de Princeton (EUA), apontou que 3,2% dos brasileiros usaram substâncias ilícitas nos 12 meses anteriores à pesquisa, o que equivale a 4,9 milhões de pessoas. Entre os jovens, o percentual mais que dobra: 7,4% dos entrevistados entre 18 e 24 anos haviam consumido drogas ilegais no ano anterior à entrevista.
A droga ilícita mais consumida entre os pesquisados foi a maconha: 7,7% disseram ter usado ao menos uma vez na vida. Em seguida, veio a cocaína em pó: 3,1% já haviam consumido a substância. O levantamento também pesquisou outras drogas lícitas e ilícitas, como o crack, LSD, medicamentos, heroína, ecstasy, entre outros. Porém, os dados considerados mais alarmantes com relação aos padrões de uso de drogas no Brasil foram relacionados ao álcool. Mais da metade da população brasileira de 12 a 65 anos declarou ter consumido bebida alcoólica alguma vez na vida. Cerca de 46 milhões (30,1%) informaram ter consumido pelo menos uma dose nos 30 dias anteriores. E aproximadamente 2,3 milhões de pessoas apresentaram critérios para dependência de álcool nos 12 meses anteriores à pesquisa.
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