Quase três milhões de pessoas no Brasil (2,988 milhões) não têm rede de amparo de família ou amigos, aponta a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente ao ano de 2019. O contingente corresponde a 1,8% das pessoas de 15 anos ou mais no país.
Pesquisa PoderData (14.mai.2021) mostra que 31% dos brasileiros avaliam que a relação com a família e amigos piorou desde o início da pandemia da covid-19. Quem mais avalia que piorou: mulheres (33%); os que têm de 16 a 24 anos (35%); os moradores da região Nordeste (45%); os que cursaram até o ensino médio (33%); os que não têm renda fixa ou estão desempregados (54%).
Problemas familiares e desemprego são as razões mais apontadas por pessoas em situação de rua para explicar sua circunstância. A fragilização ou ruptura de vínculos familiares é citada por 47,3% e lidera a estatística que leva em consideração somente motivos individuais.
Uma pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP apontou as relações ruins dentro de casa como um dos fatores que afetam o comportamento das crianças e adolescentes dentro da sala de aula.
Segundo o psicólogo Wanderlei Abadio de Oliveira, pesquisador responsável pelo estudo, tanto as crianças que sofrem bullying quanto as que praticam têm histórico de más relações familiares. “Essas relações são marcadas pela falta de diálogo saudável e de envolvimento emocional. Também está presente nessas famílias a má relação conjugal entre os pais/cuidadores e, ainda, as punições físicas exercidas pelos pais/cuidadores.”
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